Donald Trump impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida caiu como uma bomba em Brasília. O presidente Lula reagiu e convocou uma reunião emergencial com os ministros Fernando Haddad e Geraldo Alckmin. O recado foi direto: ou o Brasil reage com rapidez ou o impacto econômico será profundo. E esse impacto não se limita à diplomacia ou às planilhas. Ele desce em linha reta até o povo que trabalha.
Produtos industrializados brasileiros, como aço, papel e calçados, ficarão mais caros e perderão competitividade. Diversas cadeias produtivas que abastecem o mercado norte-americano serão atingidas. Entre os produtos que sofrerão impacto direto nos EUA com a tarifa de Trump, estão:
1. Carnes e produtos alimentícios (o Brasil é um dos maiores fornecedores de proteína animal para os EUA);
2. Tabaco e bebidas alcoólicas;
3. Soja e outros grãos;
4. Papel e celulose;
5. Minério de ferro e derivados industriais;
6. Café e açúcar (exportações tradicionais brasileiras);
7. Combustíveis e lubrificantes (com destaque para etanol e derivados da cana).
A Bahia será diretamente atingida. Cidades como Camaçari, Feira de Santana, Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, Ilhéus, Eunápolis e Teixeira de Freitas integram cadeias produtivas voltadas à exportação de celulose, frutas, grãos, carne, papel e aço. A tarifa imposta pelos EUA esfria contratos, derruba preços e bloqueia canais de venda. No Oeste baiano, produtores de soja e milho já preveem dificuldades. No Sul, as empresas de celulose sentirão o baque. No Extremo Sul, a logística começa a travar.
Vitória da Conquista não está imune. A cidade funciona como centro logístico para parte do Sudoeste baiano, Norte de Minas e corredores de transporte que ligam o interior à costa. Menos exportação significa menos carga. Isso atinge diretamente o transporte, os serviços de apoio, os postos de gasolina, os armazéns, os fornecedores. Pode não ser o epicentro da crise, mas será ponto de passagem da recessão.
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A decisão de Trump não foi apenas comercial. Foi política. Ele sinalizou ao mundo que não tolerará passivamente governos de esquerda em ascensão. O Brasil, hoje governado por Lula, se tornou o exemplo. Trump fala com o Brasil, mas o recado é para toda a América Latina. E o pano de fundo não pode ser ignorado: Bolsonaro, seu aliado declarado, está sendo julgado. Trump assiste. E responde. A tarifa pode ser lida como uma retaliação indireta. Um aviso: quem tocar em um dos nossos, terá custo.

A narrativa está posta. A direita usará a crise como prova de fraqueza do governo Lula. A esquerda acusará o alinhamento anterior de submissão cega e dependência política. No centro da disputa está o cidadão brasileiro, que paga o preço do dólar alto, da gasolina mais cara, do frete encarecido e do emprego ameaçado.
O governo já busca saídas. Diplomacia com Washington. Acionamento da OMC. Diversificação emergencial de mercados. Linhas de crédito para setores atingidos. Atuação do Banco Central para conter o câmbio e blindar a inflação.
Ao STF caberá um papel silencioso, mas decisivo. Garantir estabilidade jurídica para medidas rápidas, proteger a institucionalidade e evitar que o país trave por dentro enquanto apanha por fora.
A tarifa imposta por Trump vai atingir quem exporta, quem transporta, quem embala, quem vende, quem distribui e quem consome. De Barreiras a Ilhéus, de Camaçari a Conquista. Os efeitos não ficarão nos números. Eles chegarão na gôndola, no mercado, no diesel, no botijão.
Essa não é uma crise técnica. É política. É estratégica. É pessoal. E o Brasil virou exemplo.
Brasília articula. Washington impõe. Wall Street observa. E o trabalhador, como sempre, paga a conta.

Vivendo e Respirando o Direito há mais de 21 anos.
Leonardo Mascarenhas
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