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PM baleado durante operação na Rocinha segue internado em ‘estado estável’, diz corporação

Nara Costa
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Após ofensiva contra facção cearense ligada ao CV na Rocinha, no sábado, polícia afirma que policiamento continua reforçado na comunidade e no entorno; grupo é acusado de mais de mil homicídios em dois anos

O policial militar baleado no pescoço durante a operação realizada no sábado, na Rocinha, Zona Sul do Rio, segue internado no Hospital da Corporação, com quadro de saúde estável, segundo a corporação. A ação mobilizou 400 agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e outras unidades, para capturar membros de uma facção criminosa do Ceará, ligada ao Comando Vermelho (CV), que se instalou na comunidade.

O policial militar baleado no pescoço durante a operação realizada no sábado, na Rocinha, Zona Sul do Rio, segue internado no Hospital da Corporação, com quadro de saúde estável, segundo a corporação. A ação mobilizou 400 agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e outras unidades, para capturar membros de uma facção criminosa do Ceará, ligada ao Comando Vermelho (CV), que se instalou na comunidade.

Durante a operação, foram apreendidos fuzis, pistolas, munições e 204 kg de drogas. Os agentes também localizaram uma academia clandestina montada por criminosos em um imóvel de luxo, localidade da Dioneia, no alto da Rocinha. A mansão era equipada com duas piscinas aquecidas, cascata e área gourmet. Ao lado da casa, os investigadores localizaram uma espécie de alojamento para membros da facção que chegavam do Nordeste.

Mansão na Rocinha, Zona Sul do Rio, usada por criminosos cearenses, tinha duas piscinas aquecidas e área gourmet. — Foto: Divulgação
Mansão na Rocinha, Zona Sul do Rio, usada por criminosos cearenses, tinha duas piscinas aquecidas e área gourmet. — Foto: Divulgação

— Eles usavam motosserras para esquartejar seus inimigos e ainda jogavam futebol com suas cabeças. Eles filmavam tudo — declarou Antonio José Campos Moreira, procurador-geral da Justiça do Rio, durante entrevista no Quartel-General da Polícia Militar, de onde a ação foi monitorada em tempo real.

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A ofensiva foi conduzida por tropas do Comando de Operações Especiais (COE), com apoio do Ministério Público e das forças de segurança do Ceará.

— São alvos do Ceará. Não tem nenhum do Rio de Janeiro. Todos eles são filiados à facção Comando Vermelho. Obviamente era a facção do Rio que dava suporte para eles. O Rio já é, há algum tempo, o “home office” da criminalidade. Vários criminosos de outros estados vêm para cá, e isso se intensificou a partir da pandemia e da ADPF 635 — disse Victor Cesar Carvalho dos Santos, secretário de Segurança do Rio de Janeiro, ao RJTV2, da TV Globo.

Operação na Rocinha

Operação conjunto das polícias do Rio e do Ceará na Rocinha mobilizou 80 agentes; drogas e armas foram apreendidas — Foto: Divulgação
Operação conjunto das polícias do Rio e do Ceará na Rocinha mobilizou 80 agentes; drogas e armas foram apreendidas — Foto: Divulgação

A investigação é resultado de um trabalho conjunto dos Grupos de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos dois estados. A ação foi deflagrada nas primeiras horas da manhã do sábado pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio (CSI/MPRJ), que mobilizou cerca de 80 agentes das tropas especializadas, com objetivo de cumprir 29 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão.

— Os criminosos do Ceará são muito sanguinários. Os assassinatos são cometidos com requintes de crueldade. Essa prática está se alastrando para outros estados do Nordeste. As imagens, porque eles fazem questão de mostrar em redes sociais, são muito impactantes — disse o procurador-geral.

Após a movimentação dos policiais na comunidade, cerca de 400 criminosos fugiram para a mata da Rocinha, segundo informações obtidas pelo GLOBO. O BOPE disse estar monitorando a região.

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