Na manhã desta terça-feira, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) realizou a entrega de mantimentos e colchões a uma família que teve a casa atingida pelas chuvas do último domingo (09). Localizado na Rua Catão Ferraz, o imóvel foi invadido por água e lama, danificando móveis e outros pertences. A Defesa Civil já atendeu 57 chamados até o momento, em todo o município.
Além dos mantimentos, a Compdec está colaborando com a entrega de marmitas para os cinco moradores da residência. Uma equipe do órgão visitou o local, juntamente com um engenheiro da Seinfra, para identificar os danos no imóvel e entender o que levou o grande volume de água e dejetos a atingir a casa.
Coordenadora municipal de Defesa Civil, Rosa Freitas destacou o trabalho de assistência da Compdec a todos os atingidos pelas chuvas nos últimos dias. “Desde a noite passada, estamos dando assistência a essa família. Como eles perderam colchão, mantimentos, a Prefeitura, por meio da Defesa Civil, veio trazer essa ajuda humanitária, para que ela possa passar por essa situação com um pouco de conforto. Oferecemos o aluguel social, mas os moradores não aceitaram, então a gente segue acompanhando. Trouxemos alimentos ontem, porque não tinha fogão e nem como cozinhar, trouxemos novamente hoje, dando esse apoio para eles voltarem à vida cotidiana”.

Em seguida, as equipes foram para a Avenida Fernando Spínola, por onde passa um canal de drenagem das águas pluviais. Chegando ao local, foi identificado que alguns moradores realizaram a ocupação de uma faixa de servidão (uma faixa de terra que acompanha todo o percurso de um duto ou linha de transmissão), impedindo o acesso das equipes da Prefeitura para realizar a manutenção do canal — além de realizarem ligações irregulares de esgoto, que desembocam no canal de drenagem, obstruindo a passagem da água e causando danos aos imóveis.
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Engenheiro da Seinfra, Neto Cotinguiba explicou como essas intervenções irregulares prejudicam não apenas os moradores da localidade, mas também a outras pessoas — como a residência de dona Ivonete. “Aqui a gente tem um canal de drenagem, que sai da Fernando Spínola e vai até a rua do fundo. Infelizmente, a população já ocupou essa faixa de servidão, teve um rompimento da tubulação, e a gente constatou também que eles jogam esgoto na nossa rede de drenagem. Com a questão de tempo, erosão, o canal rompeu e acabou afetando toda essa população aqui embaixo, com queda de muro e outras ocorrências. O canal se mantém limpo, só que em alguns pontos ele está rompido, e a água sai do canal e afeta toda a estrutura das casas”.

A Compdec e a Seinfra farão um relatório, a partir do que foi observado nas visitas, para planejar as intervenções que evitem a recorrência da obstrução dos canais e dos casos de alagamentos.
Até o momento, dados coletados pelas equipes da Semdes nas visitas domiciliares registraram 23 famílias, com um total de 77 pessoas. Destas, 17 famílias decidiram permanecer em seus imóveis, enquanto sete famílias foram encaminhadas para o aluguel social.

O auxílio-moradia é um benefício concedido pela Prefeitura por um período de três meses, podendo ser prorrogado por mais três, para famílias que tiveram a moradia destruída ou interditada em função de deslizamentos, inundações, incêndio, insalubridade habitacional ou outras condições que impeçam o uso seguro da habitação identificadas pela Defesa Civil. Para acessar o benefício, a família deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) que encaminhará a demanda junto à Secretaria de Desenvolvimento Social (Semdes).


