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A Ausência de Representatividade de Vitória da Conquista no Governo Jerônimo Rodrigues: Um Erro Político que Favorece a Oposição

Conquista News
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A Bahia tem sido historicamente governada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), mas se há um lugar onde a base governista encontra dificuldades eleitorais, esse lugar é Vitória da Conquista. Terceiro maior colégio eleitoral do estado, a cidade continua sendo um grande desafio para os grupos políticos que disputam o comando da Bahia.

A derrota do governo estadual nas eleições municipais de 2024, ainda no primeiro turno, foi mais do que um resultado pontual. Foi um reflexo da falta de estratégia política do grupo governista em relação a Vitória da Conquista. O erro já aconteceu antes e, ao que tudo indica, pode se repetir em 2026.

A razão para isso? Nenhuma liderança conquistense ocupa um cargo de primeiro escalão no governo estadual. Isso significa que o governo do estado não apenas perdeu uma eleição na cidade, mas também não demonstra qualquer interesse em reverter esse cenário.

E o grande beneficiado dessa escolha? O grupo político de ACM Neto (União Brasil), que, ao contrário do governo estadual, compreendeu a importância de fortalecer seus aliados na região e consolidar sua presença no sudoeste baiano.

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O Preço da Falta de Representatividade

O eleitor de Vitória da Conquista não se vê representado no governo do estado. Não há ninguém da cidade ocupando cargos estratégicos na administração estadual, e isso se reflete diretamente nas urnas.

Enquanto o governo segue ignorando a cidade, os adversários políticos aproveitam o vácuo deixado pela base governista. O grupo de ACM Neto e seus aliados fortalecem suas conexões na região, ganhando cada vez mais espaço e conquistando a confiança do eleitor conquistense.

Se em 2024 a derrota foi na eleição municipal, 2026 pode consolidar um novo fracasso para o governo estadual, com uma possível vitória da oposição em Vitória da Conquista também nas eleições estaduais.

Nomes que Poderiam Reverter Esse Cenário

A ironia é que o governo do estado tem nomes fortes na cidade, mas não os valoriza. O próprio PT tem Waldenor Pereira, deputado federal, com atuação consolidada na região, e Zé Raimundo, deputado estadual e ex-prefeito da cidade.

O MDB, outro partido da base governista, tem Lúcia Rocha, um dos nomes mais expressivos do interior do estado. Vereadora por sete mandatos consecutivos e suplente de deputada estadual com 44.643 votos (sendo mais de 28 mil apenas em Vitória da Conquista), ela tem um eleitorado consolidado e influência direta na política da cidade.

Se há lideranças políticas da base governista com relevância na cidade, por que o governo insiste em deixá-las sem espaço?

A resposta pode estar no isolamento político e na falta de estratégia para interiorizar o governo de forma eficiente. Enquanto os líderes conquistenses da base governista são ignorados pelo governo do estado, a oposição se organiza, amplia alianças e se fortalece cada vez mais.

O Caminho para 2026: Persistir no Erro ou Reagir?

Se o governador Jerônimo Rodrigues não modificar sua estratégia e continuar tratando Vitória da Conquista apenas como mais um município do interior, os resultados eleitorais da cidade continuarão sendo um problema para sua base.

Quem de Vitória da Conquista ocupa um cargo de primeiro escalão no governo do estado?

Se a resposta for ninguém, então a pergunta seguinte é inevitável: não está na hora do governador abrir espaço para os políticos conquistenses?

Sem essa mudança, o governo continuará enfrentando dificuldades eleitorais na cidade. Afinal, não se conquista apoio ignorando aqueles que têm força política para construí-lo.

Leonardo Mascarenhas
Vivendo e Respirando o Direito há mais de 21 anos.

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