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Abertura dos “21 Dias de Ativismo” é marcada pela adesão de Vitória da Conquista ao Instituto Banco Vermelho

Conquista News
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A Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SMPM), realizou, nesta quinta-feira (27), a abertura oficial da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, uma iniciativa internacional que busca promover o respeito, a igualdade e o enfrentamento de todas as formas de violência de gênero. O destaque foi a adesão do município ao Instituto Banco Vermelho, tornando-se o primeiro da Bahia a integrar a campanha que simboliza o sangue derramado das mulheres vítimas de violência e busca a meta de “Feminicídio Zero”. Um banco gigante, semelhante aos de praça, foi instalado na Praça Nove de Novembro, convidando a população a “sentar e refletir, levantar e agir”.

Respeito, memória e ação

Com o lema “Onde há respeito, há Conquista”, a cerimônia de lançamento contou com a participação de autoridades, representantes da sociedade civil e mulheres engajadas na causa. A prefeita Sheila Lemos destacou a relevância do tema e lamentou os números do feminicídio: “Estamos lançando essa campanha para que a gente possa tratar da violência contra a mulher. Aqui no nosso município, foram seis tentativas de feminicídio. E infelizmente um chegou a ser concretizado, então nós perdemos uma mulher por conta dessa violência, uma violência terrível, sem justificativa alguma, porque a mulher morrer somente por ser mulher é um absurdo”.

“A iniciativa do Instituto Banco Vermelho, pioneira em nossa cidade, consiste na instalação de bancos em locais de grande circulação, simbolizando o sangue derramado das mulheres vítimas de violência. É essencial envolver toda a sociedade no diálogo e levar essa discussão às escolas, para que as crianças, desde cedo, compreendam a igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres”, ressaltou a gestora.

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A secretária municipal de Políticas para Mulheres, Viviane Ferreira, celebrou a parceria e o ineditismo da adesão durante a abertura dos 21 dias de ativismo: “Somos pioneiros, sendo a primeira cidade do estado da Bahia a implementar essa importante política pública. Com a adesão, teremos oficinas nas escolas onde as crianças também passarão por esse momento formativo e durante todo ano o banco estará, de forma itinerante, percorrendo diversos bairros, praças da nossa cidade também da nossa zona rural, levando essa mensagem tão importante e reflexiva para a nossa sociedade, que é o combate à violência contra mulheres e meninas.”

A vice-presidente do Instituto Banco Vermelho, Paula Limongi, reforçou o pioneirismo do município no país que é o quinto do mundo que mais mata mulheres. “Esse é um projeto de prevenção nacional que traz para a comunidade, para a sociedade, a importância de falar sobre a prevenção do combate ao feminicídio. Mais do que um ato, traz também uma política pública para as escolas, para os adolescentes, para os homens, porque a gente não pode mais tolerar. E com muita honra, o Instituto entrega hoje à prefeita o selo oficial de primeiro município da Bahia a aderir a campanha pelo feminicídio zero”. Durante sua fala, Paula incentivou os estudantes a apontarem seu celular para o QR Code, disponível no banco, que abre uma mensagem da influenciadora e cantora Juliete.
A representante do Instituto Banco Vermelho, Andréa Rodrigues, detalhou a origem e os objetivos da iniciativa. “O Instituto Banco Vermelho completou dois anos em 25 de novembro, no Dia Mundial do Combate à Violência Contra a Mulher. Ele nasceu da transformação do luto em luta, após perder minha melhor amiga para o feminicídio. A gente já era colega de profissão, e Paula tinha perdido uma amiga da escola. Sugeri fazermos alguma coisa para as nossas amigas. Então, o banco é um ícone, e o mais importante é trazer o tema para o diálogo”.

Acolhimento e conscientização

Nilvete Gomes compartilhou sua superação à violência a partir do atendimento no Centro de Referência da Mulher Albertina Vasconcelos (Crav): “Gostaria de compartilhar com as mulheres a experiência de acolhimento que encontrei no Centro de Apoio, onde fui recebida com atenção e cuidado.” Ela ainda incentivou outras mulheres em situação de violência a buscarem ajuda e a romperem o ciclo de agressão. “Encorajo todas a não se calarem. Busquem ajuda, rompam o ciclo da violência, pois nenhuma mulher merece sofrer violência em nenhuma de suas formas”.

Um grupo de alunos da Escola Municipal Prof.ª Edivanda Maria Teixeira participaram da atividade. “A vinda desses estudantes aqui para o lançamento é importante para que eles tomem conhecimento dessa causa, que é muito triste, pois as mulheres sofrem violência doméstica, e muitas vezes sentem vergonha de relatar suas experiências”, declarou a cuidadora Cristiane Souza.

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