Na última quarta-feira, 12 de março, um episódio de humilhação envolvendo uma criança autista foi registrado em um ônibus do transporte público urbano de Vitória da Conquista. Jaqueline Ferreira, mãe de Cecília, de 9 anos, gravou um vídeo relatando o ocorrido, que rapidamente se espalhou nas redes sociais, gerando grande comoção e indignação.
De acordo com Jaqueline, que também possui necessidades especiais e é integrante da Associação dos Autistas, o incidente aconteceu quando ela e a filha tentaram descer do ônibus pela porta dianteira. Cecília possui dificuldades em passar pela catraca devido às suas condições de saúde, incluindo autismo, transtorno bipolar, TDAH severo, depressão e déficit de inteligência leve. Recentemente, a jovem passou por uma mudança de medicação, o que a deixou emocionalmente desregulada.
Impedida de descer pela frente
No relato, Jaqueline afirma que, ao tentar descer com a filha pela porta da frente após validar o cartão de gratuidade, a cobradora do ônibus, teria colocado a mão na catraca e, de forma grosseira, exigido que Cecília passasse pela roleta. A mãe tentou explicar a situação e justificar a necessidade de utilizar a porta dianteira, mas foi tratada com hostilidade.
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Durante a discussão, Cecília conseguiu descer do ônibus pela porta da frente, mas, segundo Jaqueline, a cobradora ordenou ao motorista que “arrastasse o ônibus” mesmo com a criança do lado de fora. O motorista teria recusado, mas a atitude da funcionária causou profundo constrangimento e medo à mãe e à filha.
Medidas legais e busca por justiça
Diante do ocorrido, Jaqueline registrou boletins de ocorrência no Ministério Público Estadual e no Distrito de Segurança Pública (DSEP), além de acionar o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente para garantir que as providências sejam tomadas. A mãe também destacou que, anteriormente, já havia procurado vereadores e a Secretaria de Mobilidade Urbana para discutir a situação, mas ainda não recebeu retorno efetivo.
Regras e exceções
A cobradora alegou que a atitude foi respaldada por um decreto municipal que obriga os passageiros a utilizarem a catraca. No entanto, Jaqueline argumenta que a legislação permite exceções para pessoas com deficiência que possuem dificuldade de locomoção, incluindo autistas. Ela defende que, se o cartão está regular e a passagem foi registrada, não há justificativa para impedir a descida pela porta da frente.
Empresa Atlântico Transportes não se manifesta
A empresa responsável pelo coletivo, Atlântico Transportes, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Enquanto isso, o vídeo com o relato da mãe segue ganhando repercussão nas redes sociais, impulsionado por grupos de apoio e defesa dos direitos de pessoas com deficiência.
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