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Bolsonaro, Moraes, Trump, Musk e o Cerco que se Fecha sobre o “Xandão” de Temer

Conquista News
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Por: Leonardo Mascarenhas

No tabuleiro do poder, Alexandre de Moraes virou a peça mais visada. O ministro do Supremo Tribunal Federal enfrenta hoje pressões políticas, econômicas e internacionais como nunca antes. E a cada semana, novas forças se alinham contra ele.

A prisão de Jair Bolsonaro, transmitida ao vivo em rede nacional, não foi um ato impulsivo. Foi um movimento calculado que reacendeu o embate com Moraes, deu repercussão internacional e colocou Donald Trump, presidente dos Estados Unidos e homem mais poderoso do mundo, em uma situação que exige reação.

Ao declarar publicamente seu apreço por Bolsonaro, Trump se prendeu a uma narrativa. Com Bolsonaro preso, precisa defendê-lo para não se desmoralizar. Isso o obriga a agir, mesmo que seus interesses sejam mais amplos: geopolíticos, econômicos e estratégicos. Ao entrar nesse jogo, Trump também se torna refém do enredo e aumenta a mira sobre Moraes.

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E Trump não está sozinho. Elon Musk, um dos homens mais influentes do planeta, já entrou em rota de colisão direta com Moraes. Usando o X (antigo Twitter), Musk acusa o ministro de censura e abuso de autoridade, colocando sua figura no centro de um debate global sobre liberdade de expressão.

Agora, denúncias documentadas dão ainda mais munição aos críticos. O jornalista americano Michael Shellenberger revelou documentos que indicam uso ilegal de dados biométricos do TSE e publicações em redes sociais para manter manifestantes do 8 de janeiro presos. Os casos são chocantes.

Ademir, preso por engano, ficou 21 dias atrás das grades e só foi liberado após sofrer uma hemorragia intestinal grave. Um caminhoneiro passou 11 meses preso por postagens críticas nas redes. Há relatos de pessoas que sequer estavam em Brasília no dia dos atos e mesmo assim foram mantidas no cárcere.

Esses episódios deixaram de ser apenas pauta interna. Agora, jornalistas estrangeiros, políticos e defensores de direitos humanos veem em Moraes um símbolo de abuso de autoridade. Isso amplia seu desgaste e fragiliza alianças.

Vale lembrar que Moraes é uma indicação de Michel Temer, o “Vampirão” da política, que hoje busca o centro e a estabilidade para restaurar o Brasil como paraíso de grandes empresários e políticos de carteirinha. A pergunta é inevitável: será que a cria sobreviverá ao criador?

Na política, ninguém quer andar com um alvo ambulante. O risco de ser atingido junto é enorme. Apoios, antes sólidos, começam a rarear quando o custo de associação supera os benefícios.

A pressão dificilmente ficará restrita ao Judiciário. Ela tende a migrar para o Congresso Nacional, movida por forças econômicas. Grandes empresas e setores estratégicos não toleram instabilidade e, quando percebem prejuízos, acionam seus representantes. No Brasil, apesar das restrições legais ao financiamento de campanhas, todos sabem que quem banca influencia.

O que parecia ser um embate pessoal entre Bolsonaro e Moraes já se transformou em um conflito com repercussões internacionais, denúncias concretas e desgaste crescente. A questão já não é se Moraes sairá ileso, mas por quanto tempo ele conseguirá permanecer em pé.

Leonardo Mascarenhas – Vivendo e Respirando o Direito há mais de 21 anos

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