Uma megaoperação realizada na manhã desta quinta-feira (11) na Bahia e em mais quatro estados prendeu mais de 30 pessoas suspeitas de envolvimento em uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e disputa de territórios.
Um dos alvos da operação é o capitão da Polícia Militar Mauro Grunfeld. Ele foi preso em maio e em julho de 2024, suspeito de participar de um esquema de compra e venda de armas que abastecia facções criminosas na Bahia.

Segundo a Polícia Civil, a Megaoperação, batizada de Zimmer, conta com um efetivo de cerca de 400 policiais, entre civis, militares, do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e federais. São cumpridos mais de 90 mandados judiciais contra criminosos responsáveis pelos núcleos operacionais, de logística e de finanças do grupo.
De acordo com as informações das forças de segurança, uma complexa associação criminosa foi identificada no curso das investigações. Ela é responsável pelo abastecimento, produção e preparação de entorpecentes, como também a utilização de pessoas físicas e jurídicas para dissimular a origem ilícita dos valores movimentados. Foi solicitado ao Poder Judiciário o bloqueio de R$ 100 milhões, além do sequestro de bens dos investigados.
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As prisões foram efetuadas em Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari, na Região Metropolitana (RMS), além dos municípios de Porto Seguro e Feira de Santana. Também ocorreram em cidades de São Paulo, Sergipe, Pernambuco e Espírito Santo. Durante o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão, dois laboratórios de entorpecentes foram desarticulados em Porto Seguro e no bairro de Stella Maris, em Salvador. Nos locais, foram apreendidos insumos, equipamentos e drogas prontas para comercialização. Armas e munições também foram localizadas. As diligências estão em andamento para localizar outros alvos.


